No momento em que a Europa está confrontada com o desafio demográfico, a Comissão, que se propõe transformar esta questão crucial numa oportunidade, publica uma comunicação para apresentar os seus objectivos em matéria de emprego de pessoas idosas, de modernização da protecção social e de renovação demográfica na Europa.
Actualmente, a União Europeia (UE) tem de fazer face ao declínio demográfico, ao baixo crescimento natural e ao envelhecimento de uma parte da população. Para enfrentar este desafio, a Comissão formulou várias recomendações que se baseiam designadamente na Estratégia de Lisboa renovada, a fim de melhor tirar partido das oportunidades de uma vida mais longa, mas igualmente de iniciar uma renovação demográfica.
O envelhecimento demográfico na Europa: tendências e perspectivas
O envelhecimento da população (ou seja, a parte das pessoas idosas na população global) resulta dos progressos consideráveis realizados nos domínios económico, social e médico em termos de serviços prestados aos Europeus. Este envelhecimento da população decorre de várias tendências demográficas simultâneas:
Estas tendências reduzirão ligeiramente a população total da UE, que ficará igualmente muito mais idosa. O número de europeus em idade de trabalhar (dos 15 aos 64 anos) na UE-25 diminuirá 48 milhões entre 2006 e 2050 e a taxa de dependência deverá duplicar, atingindo 51% em 2050. Esta mudança demográfica acompanhar-se-á de perturbações sociais profundas (protecção social, alojamento e trabalho) em todos os países afectados pelo desafio do envelhecimento da população.
O impacto do envelhecimento da população
Na próxima década, a população activa diminuirá dado que se reformará um grande número de “baby-boomers”. Esta redução da população em idade de trabalhar pode afectar a taxa de crescimento económico se as tendências e políticas actuais continuarem sem alterações. A aplicação decidida da agenda de Lisboa deverá permitir passar este cabo através da plena utilização dos recursos destes trabalhadores experientes, mas também com a oferta de uma formação de qualidade aos mais jovens.
O envelhecimento da população não deixará de ter impacto na protecção social e nas finanças públicas. Com os fundamentos das políticas actuais, o envelhecimento conduzirá a pressões significativas no sentido do aumento das despesas públicas. Tais défices orçamentais poderão comprometer o futuro equilíbrio dos sistemas de pensões, de protecção social em geral e mesmo o potencial de crescimento económico ou o funcionamento da moeda única. Todavia, os governos dos Estados-Membros já começaram a agir nomeadamente no domínio dos sistemas públicos de pensões ou da modernização da protecção social. Finalmente, uma melhor adaptação dos serviços de saúde, assim como uma estratégia preventiva em matéria de doenças crónicas poderão reduzir para metade as despesas públicas de saúde e dos cuidados de dependência.
Uma resposta construtiva ao desafio demográfico
A Comissão Europeia definiu um quadro de cinco orientações a fim de responder ao desafio demográfico dos próximos anos:
Comunicação da Comissão Europeia, de 12 de Outubro de 2006
Aqui, no espaço, onde já começa a ser desmontada a estrutura que acolheu a cimeira da NATO em Lisboa, garante-se que a Guerra Fria encontrou a sepultura junto ao Tejo. José Sócrates tem razões para ostentar um sorriso genuíno e encher o peito de orgulho para anunciar que a cimeira de Lisboa foi um sucesso, corrigindo de seguida: "Um enorme sucesso!"
Foi, de facto, uma cimeira de alcance histórico, aquela que juntou em Lisboa à mesma mesa Dmitri Medvedev e Barak Obama. Desta vez os mandachuvas de Moscovo e Washington estiveram frente-a-frente não como inimigos (adversários, na melhor das hipóteses), mas como parceiros com vontade de cooperar.
Inflado de satisfação, Sócrates proclamou mesmo "o fim da era dos ressentimentos e o início de um novo momento de cooperação" entre a NATO e a Rússia.
É que durante o decurso de uma reunião do Conselho NATO-Rússia, integrado no programa da cimeira, concebeu-se uma declaração final em que se lê que ambos os lados "trabalharão no sentido de uma verdadeira parceria estratégica e modernizada, baseada nos princípios da confiança reciproca, transparência e previsibilidade, com o objetivo de criar um espaço comum de paz, segurança e estabilidade na área euro-atlântica".
Por seu turno, o secretário-geral da aliança, Andres Fogh Rasmussen, falou em fantasmas enterrados e disse que, pela primeira vez, os dois lados se dispuseram a trabalhar juntos na defesa mútua. Isto é, os 28 países da NATO decidiram avançar para a criação de um escudo de proteção antimísseis que inclua a Rússia. Pela primeira vez a aliança e o Kremlin admitiram que não constituem uma ameaça mútua e que se vão juntar para enfrentar ameaças comuns.
O presidente dos Estados Unidos falou mesmo na transformação de uma fonte de tensões numa fonte de cooperação. E foi elogiado pelo seu homólogo russo por ter rejeitado a herança do seu antecessor Gerge W. Bush, que pretendia criar um escudo antimíssil que a Rússia sempre sentiu como sendo virado contra si.
Já a caminho de Washington, Obama não leva apenas a memória da "extraordinária hospitalidade", mas também as costas mais quentes. Uma espécie de reforço para o ajudar a quebrar algumas resistências no Congresso em relação à ratificação no novo Tratado START, que assinou com Medvedev, em abril, e em que Washington e Moscovo se comprometem a reduzir em 30% os seus arsenais nucleares.
E, se for verdade que a Guerra Fria foi enterrada à beira Tejo, isso representará a lápide na sua sepultura. Até lá, os acordos alcançados em Lisboa, não passarão de boas intenções e continuaremos a viver num mundo perigoso.
Comprar é escolher. Escolher dentre uma esmagadora variedade de produtos. Escolher remunerar as empresas que os produzem. Escolher dar força a um processo económico do qual fazemos parte. Reside aqui o nosso grande poder. Ou a nossa grande passividade. Se o consumidor é confrontado com estímulos poderosos, do marketing à inovação tecnológica e até à auto-promovida preocupação dos fabricantes com a qualidade e as responsabilidades sociais, precisamos exercer o nosso poder de consumir.
Mas quem é este consumidor responsável, que faz um consumo mais consciente?
Qual o perfil deste cidadão, sintonizado com o mundo em que vive e empenhado em ser parte activa? Não é com certeza um Super-Homem ou uma Super-Mulher, com energia, activismo e visão
ilimitados. Para fazer um consumo responsável não é preciso ter superpoderes nem ser perfeito: o que é mesmo preciso é sermos humanos.
Humanos, capazes de nos entusiasmarmos por boas ideias e investirmos energia a colocá-las em prática. Humanos, capazes de empatia com os outros seres e com a natureza, procurando viver em harmonia.
Humanos, para nos empenharmos todos nesta tarefa diária, atenta e infindável - precisamos de todos os consumidores, não de um super-herói.
Vivemos no mesmo planeta e temos de pensar a globalização como um trunfo, utilizando-a a nosso favor. “Nesta globalização positiva, o consumidor pretende ver melhorar os preços na produção, manter a diversidade das unidades de produção, assegurar um patamar de Estado-Providência e consolidar modos de consumo alternativos e consensualmente aceites. A conexão entre o consumo responsável e a globalização positiva assenta nas seguintes premissas: devem preferir - se
investimentos que dignifiquem os trabalhadores, não se deve tratar o trabalho como um custo e quando o investidor se escusa a respeitar a dignidade da mão-de-obra deverá ser denunciado pelo respectivo atentado social e ambiental” (Beja Santos 2005). Se por um lado a globalização acentuou a interdependência e as relações sociais mundiais, sublinhando as assimetrias sociais entre os países mais ricos e mais pobres, com os governos nacionais a perderem o poder político face à economia e às empresas transnacionais - na realidade, são os cidadãos que têm de ser o contra poder desta situação. Como afirma Eveline Herfkens, a responsável pela maior campanha internacional de sempre para promover o desenvolvimento dos povos, a Campanha pelos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio da ONU, “não haverá desenvolvimento nos países onde os cidadãos não participam nas decisões que afectam as suas próprias vidas. Portanto o que tentamos
fazer é dar poder ao cidadão para fiscalizar o seu governo e instituições.”
É aqui que temos de fincar os dois pés: felizmente a globalização está também a promover a solidariedade e a compreensão crítica, no sentido de uma maior abertura e reflexão sobre o que nos rodeia - já não somos (completamente) pré-determinados pela tradição e papel social, podemos
decidir o curso das nossas vidas e do mundo em que vivemos. É possível e urgente criar alternativas: fazer com que as regras do comércio internacional defendam os direitos humanos, os direitos laborais e o meio ambiente, é um dos principais desafios do século XXI.
Está ao alcance de todos nós, consumidores.
Extraído de CONSUMO RESPONSÁVEL
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