A preservação das castas durienses, evitando a erosão do património genético acumulado durante séculos, é um dos objectivos do Cluster dos Vinhos do Douro, liderado pela Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID) – que promove hoje, no Peso da Régua, uma sessão de divulgação e debate sobre o Cluster dos Vinhos da Região Demarcada do Douro, aprovado em 2008 pelo Ministério da Economia.
O objectivo é fazer um ponto de situação sobre os projectos que estão a ser desenvolvidos com vista à modernização do sector vitivinícola duriense. Uma das iniciativas é, segundo o director executivo da ADVID, Fernando Alves, a preservação da variabilidade genética das castas durienses, que foi alvo de uma candidatura a fundos comunitários.
“Queremos preservar todas as castas que neste momento possam estar em risco de desaparecimento e de erosão genética no Douro”, afirmou. O responsável explicou que vão ser identificados os locais que se encontram em risco, para depois as recolher, catalogar, estudar e colocá-las num banco genético de material da videira, que vai ser instalado no centro sul do país.
O projecto será integrado num programa de preservação da biodiversidade das castas a nível nacional. “Vamos garantir a preservação de material genético que depois nos permita recuperar determinada casta que é mais resistente a determinada alteração climática, a determinada doença, ou ter disponíveis castas e variedades que os operadores entendam como importantes para reorientar os seus vinhos para determinado segmentado de mercado”, salientou.
Produção competitiva e ecológica
Mas, acrescentou, será preservado um conjunto de plantas em quantidade suficiente que permita fazer estudos de variabilidade genética no futuro. Fernando Alves deu como exemplo a Tinta Francisca, uma casta que diz que praticamente esteve desaparecida do Douro e que, por isso, neste momento importa preservar o seu potencial genético.
Refira-se que a ADVID se associou à Rede Nacional de Selecção da Videira, que junta 16 entidades de todo o país, contribuindo para a selecção clonal da casta Touriga Nacional, salvando-a da quase extinção em que se encontrava no início dos anos 80.
Para além da aposta na formação, o cluster está ainda a desenvolver estudos para ajudar a região a enfrentar as alterações climáticas. Fernando Alves considera que o Douro tem um património genético que vai "ajudar a fintar" o efeito destas alterações.
O cluster está a promover ainda projectos relacionados com a zonagem e cartografia da região, avaliação do potencial enológico das uvas ou a produção sustentada em viticultura. O objectivo é tornar a produção dos vinhos durienses mais competitiva e ecológica e aumentar a qualidade do produto.
O cluster congrega empresas exportadoras, sociedades vitivinícolas, produtores engarrafadores, adegas cooperativas, associações sectoriais, organismos reguladores, universidades nacionais e estrangeiras, empresas metalúrgicas, biotecnológicas, consultoras agrícolas ou viveiristas.
Publicado em 2010-09-03, CIÊNCIA HOJE, revista on line.
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