Quarta-feira, 28 de Julho de 2010
Tecnologia inovadora quer aumentar segurança nas ruas
Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a desenvolver uma tecnologia que pretende reduzir o consumo de energia em iluminação pública em 75 por cento.
Um outro objectivo é aumentar a segurança nas ruas, a partir de um sistema de luminosidade regulada através do reconhecimento de imagem e de som.
A iluminação diminui em ruas desertas e aumenta na presença de pessoas e veículos.
Com o nome de “Neurocity”, o projecto pretende também garantir uma maior segurança nas ruas. Este sistema de iluminação centra-se “em zonas consideradas de elevado risco, onde será necessário garantir um melhor reconhecimento das formas, nomeadamente reconhecimento facial”, explica Aníbal Traça de Almeida, coordenador da iniciativa, em comunicado.
O sistema funciona com uma luminária com tecnologia LED (Light Emitting Diode), acompanhada por um sensor de som e por uma webcam. Com este projecto, resultante de uma parceria entre a FCTUC, a empresa Arquiled e a Direcção de Tecnologia e Inovação da EDP, prevê-se “uma poupança de cerca de 100 milhões de euros por ano”, segundo avança a equipa de investigadores. A iniciativa está em fase de experimentação em Coimbra e no Porto e terá também presença em Évora.
Ciência Hoje
2010-07-27
Quarta-feira, 14 de Julho de 2010
Florestas tropicais absorvem um terço do dióxido de carbono
Realizado primeiro estudo que contabiliza absorção global de CO2 pela vegetação terrestre.
Um estudo publicado na revista "Science" indica que as florestas tropicais, como a Amazónia, são as "máquinas" de fotossíntese mais eficientes do planeta, na medida em que absorvem um terço do dióxido de carbono (CO2) que é retirado da atmosfera pelas plantas a cada ano.
Esta foi a primeira vez que cientistas calcularam a absorção global de CO2 pela vegetação terrestre: 123 biliões de toneladas de gás por ano, o dobro da quantidade absorvida pelos oceanos.
De acordo com Christian Beer, do Instituto Max Planck para Bioquímica (Alemanha) e co-autor deste estudo, as florestas tropicais são responsáveis por 34 por cento da captura, e as savanas por 26 por cento, embora ocupem o dobro da área.
O estudo analisou dados de uma rede internacional, a Fluxnet, que reúne centenas de torres que servem como postos de observação pelo mundo e analisam os fluxos de CO2 na vegetação ao seu redor.
Outro estudo, publicado na mesma edição da Science, indica que a temperatura tem pouca influência sobre a quantidade de carbono lançado pelas plantas quando elas respiram.
Anteriormente, os cientistas temiam que o aquecimento global pudesse acelerar as taxas de respiração, fazendo com que florestas se convertessem em fontes do CO2, factor que agravaria ainda mais o problema.
Quarta-feira, 14 de Julho de 2010
Ciência Hoje