Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009

Retrato da Actual Paisagem do Leça

O rio Leça nasce acima do lugar de Redundo, relativamente próximo e a leste do Monte da Citânia, o qual se localiza entre os concelhos de Santo Tirso e Paços de Ferreira. Banha o que foram as antigas terras rústicas da Maia e do antigo concelho de Bouças, actual concelho de Matosinhos, tendo sofrido o seu troço jusante alterações profundas com a construção do porto de Leixões nos finais do séc.XIX.

Os relatos de inícios do século apresentam-no como um rio bucólico, calmo, pleno de azenhas e açudes, correndo por entre bouças, milheirais e humedecendo férteis várzeas. Aliás, tais como outros concelhos dos arredores do Porto, o concelho da Maia era um importante centro de cultivo hortícola e frutícola, fornecedor da cidade, pelo que podemos imaginar a importância do rio Leça e da sua rede hidrográfica como gerador de recursos naturais e consequentemente noestabelecimento de aglomerados humanos.

 

Outra notícia curiosa é a referência ao local de ponte da Pedra, pleno de barquinhos no açude, sendo no princípio do século um local típico de recreio dominical.

 

Servem estas considerações para referenciar desde já, o quanto mudou a paisagem associada a este rio, o qual viu praticamente a maioria do seu corredor ser engolido pela construção anárquica e invadido pelo lixo, correndo agora quase sem espaço, pardo e nauseabundo, como um esgoto a céu aberto. Correndo desde a zona da nascente até cerca da Reguenga, na direcção norte – sul, começa a partir daqui a inflectir para oeste. De traçado sinuoso, com pequenas e suaves curvas e contracurvas, apresenta a partir deste ponto numerosas e extensas curvas, ora largas, ora mais fechadas, fazendo lembrar estas últimas, istmos ou penínsulas, como acontece em Moreira da Maia ou Araújo.

 

A zona de cabeceira da sua bacia é muito estreita e pouco extensa, alargando depois progressivamente, podendo dividir-se a bacia do Leça nos três troços que genericamente se descrevem:

 

– a pequena área de cabeceira, de carácter eminentemente rural, com pequenos aglomerados rurais, onde a paisagem é ordenada e de grande qualidade; engloba as freguesias de Lamelas e Refojos de Riba de Ave.

 

– a zona intermédia, mais larga e extensa que a anterior mas ainda relativamente estreita, que vai da Reguenga até cerca de S. Pedro Fins e Ermesinde. O primeiro terço deste troço, freguesia da Agrela, também é rural e apresenta boa qualidade paisagística. A restante área do troço começa, a partir daqui, a adquirir um carácter periurbano e algo industrializado, pelo que à medida que caminhamos para jusante, a qualidade da paisagem vai sendo cada vez mais média e reduzida. Pertencem a este troço também as freguesias de Água Longa, Alfena, Folgosa e Coronado.

 

– o troço jusante ou terminal da bacia, a mais extensa e vasta, que engloba todo o núcleo urbano e periurbano dos concelhos da Maia e Matosinhos, fortemente industrializada, incluindo ainda algumas freguesias do Porto. Citam-se deste troço as freguesias de Moreira da Maia, Milheirós, Águas Santas, S. Mamede de Infesta, Paranhos, Leça do Balio, Leça da Palmeira, Custóias e Stª Cruz do Bispo. A qualidade paisagística é genericamente reduzida.

 

Situando-se fora da bacia do Leça, mas incluídas na área de estudo, temos a norte da bacia a freguesia de Perafita (muito industrial) e Lavra e a sul da bacia, as freguesias da Srª da Hora (também com muitas fábricas), Aldoar, Nevogilde e Ramalde. Na aproximação ao litoral, a qualidade da paisagem destas freguesias vai passando de média a elevada.

 

Da análise efectuada ressaltaram duas unidades principais de paisagem contrastantes, constituintes da bacia hidrográfica do Leça. A maior unidade correspondendo às grandes zonas urbanas e suburbanas dos concelhos de Matosinhos e Maia, de qualidade visual da paisagem reduzida. A unidade menor correspondendo à zona montante da bacia, agrícola, ordenada e preservada, de elevada qualidade visual.

 

A discrepância de dimensões entre as duas unidades, torna o balanço paisagístico muito pouco favorável para a bacia do Leça, em termos globais.

 

- Relativamente à unidade predominante, torna-se difícil compreender de que forma foi possível ao longo dos anos e passado recente:

 

– desrespeitar e quase eliminar um recurso natural valioso como o rio Leça;

 

– ocupar e impermeabilizar, quase na totalidade, o seu solo, com edificações urbanas e industriais, sem qualquer regra ou fio condutor ligado ao mais elementar conhecimento biofísico do território (conhecimento que empiricamente já tinham os homens primitivos), ou ligado, sequer a uma ténue mas legítima ambição de qualidade de vida.

 

Por outro lado, mais difícil se torna compreender como actualmente, à luz dos conhecimentos e legislação ambiental existentes, se assiste à continuação da destruição do que resta deste troço da bacia do Leça, exactamente da mesma forma, isto é, sem critério urbanístico, arrasando e aterrando o leito de cheia, construindo quase em cima da água, não sendo sequer demovedor o mau cheiro e a cor doentia das águas.

 

E ainda, como o património construído ligado ao rio, que se detectou em campo nesta unidade, como as antigas pontes e azenhas, permanece sem qualquer reabilitação, com as azenhas em ruínas, a ficarem submersas pela vegetação espontânea e muitos destes núcleos, vendo a sua área envolvente marginal já com ocupação degradada, cada vez mais próxima.

 

Outros, apesar de abandonados, localizam-se em pontos ribeirinhos do Leça aprazíveis, com boas condições biofísicas para estadia e recreio, mas permanecem sem qualquer utilização. A própria envolvente imediata do mosteiro de Leça do Balio, continua a receber construções.

 

O grau, densidade e tipo de edificação desta unidade de paisagem, chegou a um ponto que dificilmente será reversível ou passível de correcção que inverta a qualidade global da paisagem.

 

No entanto, parece urgente, viável e atempado, que se recuperem paisagisticamente e requalifiquem as áreas ribeirinhas com património mencionadas, assim como outros elementos ou núcleos patrimoniais.

 

A integração paisagística de certas unidades fabris ou mesmo a sua deslocação para áreas industriais do concelho ou próximas, devidamente infraestruturadas e estabelecidas por planos válidos de ordenamento, parece também plausível.

 

A limpeza e recuperação de certas frentes ribeirinhas, ocupadas por áreas agrícolas degradadas, seria também favorável ao que resta da paisagem fluvial do Leça.

 

Quanto à unidade de paisagem menor, de elevada qualidade visual, importa que seja preservada na sua estrutura e características essenciais, como último reduto de um rio que já foi importante e bucólico.

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (2005)

publicado por esas às 11:16
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Quinta-feira, 15 de Outubro de 2009

Pirâmides etárias- construção em Excel 2007

o Júlio , aluno  de Geografia do 11ºT , quando estava a aprender a construir pirâmides etárias , gravou a explicação  para que todos possam ter conhecimento.. façam bom proveito!

 

 

 

 

publicado por esas às 19:28
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Quarta-feira, 14 de Outubro de 2009

350 pode ser um número importante no momento

Sabemos que as alterações climáticas estão em marcha e vão afectar-nos a todos. Sabemos também agora que 350 é o nível seguro de carbono na atmosfera.
 Por isso, no dia 24 de Outubro, às 15h vamo-nos unir e reclamar aos líderes mundiais a resolução da crise climática. Junta-te à maior acção pelo clima que o mundo já alguma vez viu! Se puderes, leva uma t-shirt branca. Com acções em Gaia, em Lisboa e no resto do planeta.
Inscreve-te em http://earthcondominium.wordpress.com/350/ e passa a mensagem

http://www.youtube.com/watch?v=s5kg1oOq9tY

publicado por esas às 21:30
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Segunda-feira, 12 de Outubro de 2009

GUERRAS DA ÁGUA

 

 

publicado por esas às 15:23
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A agricultura em Portugal

 

professora Adelaide

publicado por esas às 12:59
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Sexta-feira, 9 de Outubro de 2009

GUERRAS HÍDRICAS

Guerras hídricas, artigo de Jeffrey D. Sachs

Muitos conflitos são provocados ou inflamados por escassez de água. Conflitos - do Chade a Darfur, ao Sudão, ao deserto Ogaden, na Etiópia, à Somália e seus piratas, bem como no Iémen, Iraque, Paquistão e Afeganistão -, acontecem em um grande arco de terras áridas onde a escassez de água está provocando colapso de colheitas, morte de rebanhos, extrema pobreza e desespero.

Grupos extremistas como o Talibã encontram amplas possibilidades de recrutamento nessas comunidades empobrecidas. Os governos perdem a sua legitimidade quando não podem assegurar a suas populações as necessidades mais básicas: água potável, culturas para produção de alimentos de primeira necessidade e rações, e água para os rebanhos dos quais as comunidades dependem para sua magra subsistência.

Políticos, diplomatas e generais em países assolados por conflitos normalmente tratam essas crises como enfrentariam qualquer outro problema político ou militar. Mobilizam exércitos, organizam facções políticas, combatem líderes guerreiros locais ou tentam enfrentar extremismos religiosos.

Mas essas reacções ignoram o problema estrutural da ajuda às comunidades para satisfazer suas necessidades urgentes de água, alimentos e meios de subsistência. Em consequência, os EUA e a Europa frequentemente gastam dezenas, ou mesmo centenas, de bilhões de dólares para enviar tropas ou bombardeiros para subjugar levantes ou focar “países institucionalmente falidos”, mas não enviam um décimo - ou mesmo um centésimo - dessas cifras para enfrentar crises estruturais de escassez de água e subdesenvolvimento.

Os problemas da água não evaporarão por si mesmos. Pelo contrário, irão se agravar, a menos que nós, como comunidade mundial, implementemos uma reacção. Uma série de estudos recentes mostra quão frágil é o equilíbrio hídrico para muitas regiões pobres e instáveis do mundo.

A Unesco, uma agência das Nações Unidas, publicou recentemente o “The UN World Water Development Report 2009″ (Relatório de Desenvolvimento da Água de 2009); o Banco Mundial divulgou aprofundado estudo sobre a India - “India’s Water Economy: Bracing for a Turbulent Future” (Economia hídrica indiana: preparando-se para um futuro turbulento) e sobre o Paquistão - “Pakistan´s Water Economy: Running Dry” (Economia hídrica indiana: o agravamento da seca); e a Asia Society divulgou uma visão geral das crises hídricas asiáticas - Asia’s Next Challenge: Securing the Region’s Water Future” (O próximo desafio asiático: assegurando o futuro hídrico na região).

Esses relatórios contam uma história similar. O suprimento de água é cada vez mais insuficiente em grandes partes do mundo, especialmente em suas regiões áridas. O rápido agravamento da escassez de água reflecte o crescimento populacional, o esgotamento da água subterrânea, desperdício e poluição, e os enormes e cada vez mais desastrosos efeitos das mudanças climáticas resultantes da actividade humana.

As consequências são dolorosas: seca e fome, perda de condições de subsistência, disseminação de enfermidades transmitidas pela água, migração forçada e até mesmo conflitos armados. Soluções práticas incluem muitos componentes, entre eles melhor gestão de recursos hídricos, tecnologias mais aperfeiçoadas para aumentar a eficiência do uso da água e novos investimentos assumidos em conjunto por governos, pelo sector empresarial e por organismos cívicos.

Tenho visto essas soluções em Vilas do Milénio na África rural - um projecto em que meus colegas e eu estamos trabalhando com as comunidades pobres, governos e empresas para encontrar soluções práticas para os desafios de extrema pobreza rural.

No Senegal, por exemplo, uma importante fabricante mundial de tubos, a JM Eagle, doou mais de 100 quilómetros de tubulações para permitir que uma empobrecida comunidade possa unir forças com a PEPAM, uma agência hídrica estatal, para levar água potável a dezenas de milhares de pessoas. O projeto como um todo é tão economicamente viável, reproduzível e sustentável que a JM Eagle e outras parceiras empresariais agora assumirão esforços similares em outras regiões da África.

Mas futuras “tensões hídricas” serão disseminadas em países tanto ricos como pobres. Os EUA, por exemplo, incentivaram um crescimento populacional acelerado em Estados de seu árido sudoeste nas últimas décadas, apesar da escassez de água que as mudanças climáticas provavelmente intensificarão.

A Austrália também está enfrentando graves secas no celeiro agrícola na bacia do rio Murray-Darling. A bacia mediterrânea, compreendendo o sul da Europa e o norte da África, provavelmente também registará graves secas como resultado das mudanças climáticas.

No entanto, a natureza precisa da crise hídrica será diversificada, com pressões variadas em diferentes regiões. Por exemplo, o Paquistão, um país já árido, sofrerá as pressões de um rápido aumento da população, que cresceu de 42 milhões em 1950 para 184 milhões em 2010, e poderá crescer ainda mais, para 335 milhões em 2050 - um cenário “médio”, segundo a ONU.

Ainda pior, os agricultores já estão extraindo água subterrânea, que está sendo exaurida devido a bombeamento excessivo. Além disso, em torno de 2050, as geleiras do Himalaia que alimentam os rios paquistaneses poderão ter derretido, devido ao aquecimento mundial.

Soluções terão de ser encontradas em todas as “escalas”, ou seja, necessitaremos soluções hídricas no âmbito de comunidades individuais (como no projecto de água encanada no Senegal), ao longo de um rio (ainda que cruze fronteiras nacionais), e em nível mundial, por exemplo, para eliminar os piores efeitos das mudanças climáticas em todo o mundo.

Soluções duradouras exigirão parcerias entre governos, empresas e sociedade civil, cuja gestão e negociação poderá ser difícil, uma vez que esses diferentes sectores da sociedade frequentemente têm pouca ou nenhuma experiência em lidar uns com os outros, e podem manifestar considerável desconfiança mútua.

A maioria dos governos está mal equipada para lidar com graves problemas hídricos. Os quadros de pessoal em ministérios encarregados de problemas hídricos são usualmente formados por funcionários públicos engenheiros e generalistas. Mas soluções duradouras para problemas hídricos exigem uma ampla gama de conhecimentos especializados sobre clima, ecologia, agricultura, população, engenharia, economia, política comunitária e culturas locais. Autoridades governamentais também necessitam habilidade e flexibilidade para trabalhar com comunidades locais, empresas privadas, organizações internacionais e possíveis doadores

Um próximo passo crucial é reunir líderes científicos, políticos e empresariais de sociedades que compartilhem os problemas da escassez de água - por exemplo, o Sudão, Paquistão, EUA, Austrália, Espanha e México - para gerar ideias inovadoras sobre abordagens criativas para superá-los.

Esse tipo de aglutinação de forças permitiria um compartilhamento de informações capaz de salvar vidas e economias. Isso também enfatizaria uma verdade básica: o desafio comum do desenvolvimento sustentável deve unificar um mundo dividido por rendas, religiões e geografia.

Jeffrey D. Sachs é professor de Economia e director do Instituto Terra, da Universidade da Colômbia. Ele é também conselheiro especial do Secretário-geral da ONU para os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.

 

Fonte: Valor Económico

publicado por esas às 10:27
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Quarta-feira, 7 de Outubro de 2009

A crise mundial também tem efeitos positivos...

Emissões de CO2 diminuíram 3% em 2009

2009-10-06, in  CiênciaHoje: Últimas Notícias

 

 

Um estudo da Agência Internacional de Energia (AIE), apresentado hoje em Banguecoque, revela que a crise mundial teve efeitos benéficos no meio ambiente, uma vez que provocou uma diminuição nas emissões de dióxido de carbono em três por cento durante o ano de 2009.

A redução da actividade industrial verificada desde Setembro de 2008, altura em que a recessão económica começou a ganhar forma, é apresentada como a principal causa da contracção mundial de emissões.



Esta descida é a mais significativa dos últimos 40 anos, visto que até ao momento tinha havido um aumento de três por cento, por ano, precisou Fatih Birol, economista-chefe da AIE.

Além disso, o relatório declara que um quarto desta diminuição é resultado das políticas públicas para a redução das emissões poluentes, nomeadamente as que foram lançadas nos EUA, as medidas de estímulo à eficiência energética na China e a meta da União Europeia em baixar as suas emissões até 20 por cento em 2020.

A última queda dos níveis de CO2 (1,3%) tinha sido registada em 1981, no contexto da recessão económica motivada pela crise do petróleo.

 

DECOJovem

 

publicado por esas às 16:06
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