Os relatos de inícios do século apresentam-no como um rio bucólico, calmo, pleno de azenhas e açudes, correndo por entre bouças, milheirais e humedecendo férteis várzeas. Aliás, tais como outros concelhos dos arredores do Porto, o concelho da Maia era um importante centro de cultivo hortícola e frutícola, fornecedor da cidade, pelo que podemos imaginar a importância do rio Leça e da sua rede hidrográfica como gerador de recursos naturais e consequentemente no
Servem estas considerações para referenciar desde já, o quanto mudou a paisagem associada a este rio, o qual viu praticamente a maioria do seu corredor ser engolido pela construção anárquica e invadido pelo lixo, correndo agora quase sem espaço, pardo e nauseabundo, como um esgoto a céu aberto. Correndo desde a zona da nascente até cerca da Reguenga, na direcção norte – sul, começa a partir daqui a inflectir para oeste. De traçado sinuoso, com pequenas e suaves curvas e contracurvas, apresenta a partir deste ponto numerosas e extensas curvas, ora largas, ora mais
A zona de cabeceira da sua bacia é muito estreita e pouco extensa, alargando depois progressivamente, podendo dividir-se a bacia do Leça nos três troços que genericamente se descrevem:
– a pequena área de cabeceira, de carácter eminentemente rural, com pequenos aglomerados rurais, onde a paisagem é ordenada e de grande qualidade; engloba as freguesias de Lamelas e Refojos de Riba de Ave.
– a zona intermédia, mais larga e extensa que a anterior mas ainda relativamente estreita, que vai da Reguenga até cerca de S. Pedro Fins e Ermesinde. O primeiro terço deste troço, freguesia da Agrela, também é rural e apresenta boa qualidade paisagística. A restante área do troço começa, a partir daqui, a adquirir um carácter periurbano e algo industrializado, pelo que à medida que caminhamos para jusante, a qualidade da paisagem vai sendo cada vez mais média e reduzida. Pertencem a este troço também as freguesias de Água Longa, Alfena, Folgosa e Coronado.
– o troço jusante ou terminal da bacia, a mais extensa e vasta, que engloba todo o núcleo urbano e periurbano dos concelhos da Maia e Matosinhos, fortemente industrializada, incluindo ainda algumas freguesias do Porto. Citam-se deste troço as freguesias de Moreira da Maia, Milheirós, Águas Santas, S. Mamede de Infesta, Paranhos, Leça do Balio, Leça da Palmeira, Custóias e Stª Cruz do Bispo. A qualidade paisagística é genericamente reduzida.
Situando-se fora da bacia do Leça, mas incluídas na área de estudo, temos a norte da bacia a freguesia de Perafita (muito industrial) e Lavra e a sul da bacia, as freguesias da Srª da Hora (também com muitas fábricas), Aldoar, Nevogilde e Ramalde. Na aproximação ao litoral, a qualidade da paisagem destas freguesias vai passando de média a elevada.
Da análise efectuada ressaltaram duas unidades principais de paisagem contrastantes, constituintes da bacia hidrográfica do Leça. A maior unidade correspondendo às grandes zonas urbanas e suburbanas dos concelhos de Matosinhos e Maia, de qualidade visual da paisagem reduzida. A unidade menor correspondendo à zona montante da bacia, agrícola, ordenada e preservada, de elevada qualidade visual.
A discrepância de dimensões entre as duas unidades, torna o balanço paisagístico muito pouco favorável para a bacia do Leça, em termos globais.
- Relativamente à unidade predominante, torna-se difícil compreender de que forma foi possível ao longo dos anos e passado recente:
– desrespeitar e quase eliminar um recurso natural valioso como o rio Leça;
– ocupar e impermeabilizar, quase na totalidade, o seu solo, com edificações urbanas e industriais, sem qualquer regra ou fio condutor ligado ao mais elementar conhecimento biofísico do território (conhecimento que empiricamente já tinham os homens primitivos), ou ligado, sequer a uma ténue mas legítima ambição de qualidade de vida.
Por outro lado, mais difícil se torna compreender como actualmente, à luz dos conhecimentos e legislação ambiental existentes, se assiste à continuação da destruição do que resta deste troço da bacia do Leça, exactamente da mesma forma, isto é, sem critério urbanístico, arrasando e aterrando o leito de cheia, construindo quase em cima da água, não sendo sequer demovedor o mau cheiro e a cor doentia das águas.
E ainda, como o património construído ligado ao rio, que se detectou em campo nesta unidade, como as antigas pontes e azenhas, permanece sem qualquer reabilitação, com as azenhas em ruínas, a ficarem submersas pela vegetação espontânea e muitos destes núcleos, vendo a sua área envolvente marginal já com ocupação degradada, cada vez mais próxima.
Outros, apesar de abandonados, localizam-se em pontos ribeirinhos do Leça aprazíveis, com boas condições biofísicas para estadia e recreio, mas permanecem sem qualquer utilização. A própria envolvente imediata do mosteiro de Leça do Balio, continua a receber construções.
O grau, densidade e tipo de edificação desta unidade de paisagem, chegou a um ponto que dificilmente será reversível ou passível de correcção que inverta a qualidade global da paisagem.
No entanto, parece urgente, viável e atempado, que se recuperem paisagisticamente e requalifiquem as áreas ribeirinhas com património mencionadas, assim como outros elementos ou núcleos patrimoniais.
A limpeza e recuperação de certas frentes ribeirinhas, ocupadas por áreas agrícolas degradadas, seria também favorável ao que resta da paisagem fluvial do Leça.
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (2005)
o Júlio , aluno de Geografia do 11ºT , quando estava a aprender a construir pirâmides etárias , gravou a explicação para que todos possam ter conhecimento.. façam bom proveito!
Sabemos que as alterações climáticas estão em marcha e vão afectar-nos a todos. Sabemos também agora que 350 é o nível seguro de carbono na atmosfera. Por isso, no dia 24 de Outubro, às 15h vamo-nos unir e reclamar aos líderes mundiais a resolução da crise climática. Junta-te à maior acção pelo clima que o mundo já alguma vez viu! Se puderes, leva uma t-shirt branca. Com acções em Gaia, em Lisboa e no resto do planeta. Inscreve-te em http://earthcondominium.wordpress.com/350/ e passa a mensagem |
professora Adelaide
2009-10-
Um estudo da Agência Internacional de Energia (AIE), apresentado hoje em Banguecoque, revela que a crise mundial teve efeitos benéficos no meio ambiente, uma vez que provocou uma diminuição nas emissões de dióxido de carbono em três por cento durante o ano de 2009.
A redução da actividade industrial verificada desde Setembro de 2008, altura em que a recessão económica começou a ganhar forma, é apresentada como a principal causa da contracção mundial de emissões.
Esta descida é a mais significativa dos últimos 40 anos, visto que até ao momento tinha havido um aumento de três por cento, por ano, precisou Fatih Birol, economista-chefe da AIE.
Além disso, o relatório declara que um quarto desta diminuição é resultado das políticas públicas para a redução das emissões poluentes, nomeadamente as que foram lançadas nos EUA, as medidas de estímulo à eficiência energética na China e a meta da União Europeia em baixar as suas emissões até 20 por cento em 2020.
A última queda dos níveis de CO2 (1,3%) tinha sido registada em 1981, no contexto da recessão económica motivada pela crise do petróleo.
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